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Desejos incontidos

A CURA DA ANSIEDADE

Outro dia perguntei para a atendente de uma loja de artigos finos de couro: Quantas bolsas seriam necessárias para fazer feliz uma mulher? Ela nem pensou duas vezes e respondeu com toda convicção do mundo: ” – Muitas!”. Fiquei impressionado que a resposta foi comemorada com uma saldação típica de jovens por outra mulher e a moça que me atendia, além é claro de um “Yes!” das duas, como se houvessem treinado anteriormente. Depois de chocarem as mãos no alto, as duas saíram rindo para experimentar outros modelos. Fiquei pensando que não somente as bolsas são o objeto de consumo de muitas mulheres. Os sapatos, cintos, perfumes, vestidos e outros itens deixam muitas mulheres alucinadas. Os homens também têm suas loucuras por peças para sua endumentária, mas são mais contidos e comedidos que as mulheres. Eles também se sentem muito atraídos por carrões, relógios, óculos e outros itens que sugiram que eles têm o poder nas suas mãos.

Parece que o mercado, sabedor do enorme vazio que as pessoas possuem, está sempre disposto a exibir um produto novo e atrativo para ser o novo alvo de homens e mulheres nessa busca insaciável de preencher esse desejo ardente do interior de todos nós.

Nessa hora, recordei de uma passagem bíblica que fala sobre uma planta de floração comum na Palestina, mas de muita beleza: “Olhai os lírios do campo e vejam como eles crescem: não trabalham, nem fiam. Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer um deles”. Jesus exortava seus discípulos a não se preocuparem tanto com as coisas exteriores e com o dia de amanhã.

Vejam que esta preocupação já existia desde aquele tempo. O Senhor percebeu que aqueles homens eram ainda muito materialistas e necessitavam de um retorno à sobriedade cristã. Eles necessitam acordar para a realidade que estava lado a lado com eles. Jesus não deixava passar uma oportunidade para redirecionar aquelas mentes cheias de pensamentos fulgazes. Isto fazia parte do treinamento diário que o próprio Senhor concedia a seus seguidores nos seus dias terrenos.

Isto é fácil de se compreender quando o tema diz respeito a pessoas que ainda não foram preenchidas por Cristo, mas quando trazemos o problema para o seio da igreja, ficamos muito preocupados.

Estamos falando de pessoas que receberam o Senhor Jesus em seus corações e aos pouquinhos foram cedendo e agora se deixam levar pelas mesmas ansiedades que faz o mover do mundo.

Nessa hora, necessitamos abrir os olhos, pois o altar de ofertas não pode se transformar em uma passarela da moda, senão estaremos fadados ao engano e aos descaminhos. Assim necessitamos acordar, por estarmos perdidos e sem rumo, para voltar imediatamente para o Senhor.

“Pensai nas coisas lá do alto. Não nas que são aqui da terra. Porque morremos e a nossa vida está oculta em Deus.”

Autor José Maria Cavalcanti

  1. Isaac de Oliveira
    10/01/2012 às 16:45

    Puxa, como é fácil a gente se desviar do alvo. Peço a Deus para sempre estar focado, com a mente voltada para as coisas lá do alto não nas que são aqui da terra.
    Só assim serei vencedor.
    Isaac

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